segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Abismo...




Cada gota de silêncio que você me dedica
Só aumenta o abismo da distância que nos separa.
E quando lá embaixo, de gota e gota, formar-se um rio
As lembranças não causarão mais que um triste arrepio... 






*Esse poema faz parte de uma coletânea que estou escrevendo ha muito tempo, chamada "Pensamentos de um quarto de hotel". 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Start!!!

Hoje comecei um jogo. 
Com primeiro e segundo tempos bem definidos. 
Com direito a treinador e juiz. 
O ponta pé inicial foi dado e eu desejo honestamente que os gols aconteçam, mas se não acontecerem não há de ter prorrogação nem pênaltis. 

Me sinto motivada e ao mesmo tempo aliviada. 

Fui, que o apito já ecoou!!!



terça-feira, 9 de abril de 2013

Conto: "Fé: amar o belo é fácil!"



Um rico homem vivia muito bem com sua família, numa confortável casa. Tinha um carro do ano, fazia viagens frequentemente, filhos na faculdade. Aos domingos todos se reuniam ao redor da grande mesa de churrasco, cada qual querendo mais contar sobre sua semana, a carne, a bebida e a alegria eram fartas.

O homem era muito religioso, católico praticante, não perdia uma missa de domingo, contribuía rigorosamente com o dizimo, ajudava nas benfeitorias de sua paróquia e participava das campanhas de amparo aos necessitados. Era extremamente grato à Deus por ter sua vida tão perfeita e tão feliz. Não cansava de propagar as bênçãos do senhor que o havia dado uma família, saúde e prosperidade.

Em determinado momento de sua vida, por um golpe do destino, em um empreendimento errado, perdeu tudo. Foi à falência total, ficando apenas com o imóvel que morava, o carro e nenhuma economia mais. Não tinha mais sua empresa, seu sustento e nem como continuar proporcionando a todos o conforto de sempre.

Caiu em desesperada depressão. ”Como é aquilo tinha acontecido? Lutar pra que agora? Fora enganado, ludibriado...”.

Amigos, vizinhos, parentes, todos vinham consolá-lo. Um oferecia um ombro, outro uma palavra, houve que trouxesse um emprego. Mas nada o tirava daquela apatia. Não conseguia enxergar em sua frente todos aqueles que tentavam ajudá-lo. Sentia-se vitimado, injustiçado, atraiçoado.
O padre fez campanha de arrecadação à seu favor, os filhos arranjaram emprego para ajudar na casa e pagar as faculdades, a mulher passou a fazer docinhos pra fora, todos de alguma maneira tentaram contribuir para que ele retomasse o gosto pela vida.

Mas tudo foi em vão, a tristeza tomou conta daquele homem de uma maneira que nada mais tinha graça. Chorava, apenava-se de si mesmo, não tinha vontade de sorrir, de falar, de olhar à sua volta.

O tempo foi passando e eis que subitamente ele teve um mal estar e morreu.

Chegando à pátria espiritual, logo de cara encontrou o mentor que o acompanhava. Não pode crer quando se deu conta de seu novo estado! E foi logo questionando:

Como é que ele, que sempre fora tão digno e honesto, que sempre acreditou em Deus, que sempre ajudou ao próximo, havia caído daquela maneira? Como é que Deus o abandonou na hora em que ele mais precisava?? Não era justo que isto tivesse acontecido!

E então, com olhar sereno e piedoso, o mentor respondeu:

- Justo?

O que não foi justo foi a sua falta de fé para com Aquele que, sobretudo, esteve ao seu lado.
Amar o belo é fácil. Correr com as duas pernas é fácil. Acreditar em Deus quando tudo está perfeito é fácil também.

Mas a fé, a verdadeira e pura fé, se fortalece nas horas de dificuldades, nos momentos de tempestade.
Quando tudo aconteceu em sua vida o criador tratou de enviar muitos de seus discípulos para ajudá-lo a superar esta crise. Mas você fechou-se dentro de sua própria falta de fé e preferiu se sentir uma vítima da situação à lutar para mudá-la.

Todos ao seu redor agarraram-se com todas as forças à cada raio de luz que o Senhor fazia brotar por entre as fretas da vida, mas você cerrou os olhos para o auxílio do Altíssimo.

Os planos do Senhor eram amplos para você. Se tivesse a verdadeira fé, e acreditasse que Ele jamais o deixaria, teria visto o mar de incentivos que estava recebendo. Teria confiado e lutado, teria aceitado o emprego que seu amigo Jorge ofereceu na empresa dele, teria prosperado novamente à ponto de comprar um grande percentual das ações da mesma, tornando-se novamente o homem rico e farto que sempre foi.
Neste meio tempo teria reconhecido o valor das amizades verdadeiras, teria visto o quão bem criados estavam seus filhos, o quão fiel e dedicada era sua esposa, o quão parceira a atenciosa era a paróquia à que pertencia. E principalmente, teria entendido o valor de se ter fé.

Não tenha fé somente quando tudo está bem, não grite sua fé apenas quando as coisas correm da maneira que você quer e espera. A verdadeira crença é demonstrada quando confiamos que nos momentos de maior tempestade, Deus estará ali com seu manto, nos mantendo protegidos para que somente as gotas de ensinamento nos alcance.




quarta-feira, 20 de março de 2013

As várias faces da vaidade...




Costumo ser grande observadora da vaidade humana. Talvez por que eu própria seja
vaidosa e deteste isto. Acho que intimamente percebo no outro aquilo que gostaria de
mudar em mim mesma.

O ser humano é extremamente vaidoso e muitas vezes não se dá conta disso. E não me
refiro aos meninos que passam gel no cabelo ou as meninas que se enchem de correntes
e anéis. Falo daquela vaidade intima que faz com que nos sintamos especiais,
destacados, diferenciados, mais merecedores do que o vizinho ao lado.

Noto isso em todo tipo de gente. É intimo e inconsciente às vezes.

Tem o vaidoso prestativo. Ele ajuda a todos, ele carrega a sacola, segura a porta do
elevador, oferece ajuda excessiva o tempo todo e nem se dá conta de que não é só pq ele
é bonzinho, mas sim pq ele tb quer ser visto como bonzinho! Faz bem pra sua vaidade
ouvir os comentários extras sobre a sua prestatividade.

Tem o vaidoso religioso. Ele está na terreira de umbanda, na missa do domingo, no
culto do pastor. É aquele que pensa que é especial porque tem algum dom. Ele è
médium, vê espíritos, ouve vozes, trabalha com entidades. Mas ao invés de usar isso em
prol da sua comunidade, daqueles com quem convive ao seu redor, prefere se botar num
altar, num pedestal. Sua vaidade o faz se sentir misterioso, sabedor de algo que ninguém
sabe, superior àqueles que ignoram seus muitos conhecimentos. Também ele pode ser
um fiel da igreja católica ou do culto evangélico, não importa. Ele leu mais a bíblia, ele
deu o maior dizimo, ele se sente diferenciado, ele é o melhor.

Tem ainda o vaidoso corporativo. Este então... eheheheh... ah como eu vejo isso todos
os dias... o trabalho que foi desenvolvido pelo grupo ficou incrível, o resultado do
processo não podia ser melhor, a meta foi sim atingida, mas quem quer apresentar isto
ao chefe é ele, o vaidoso, aquele que precisa se mostrar, se sentir importante, o que quer
ser o pai sozinho da criança, ainda que sua participação tenha sido a mínima...

Desconfie sempre de seu ego. Acredite em seu potencial, corra atrás de suas metas,
vença todos os obstáculos, mas não se descuide dele! Envaidecer-se é perder o tino da
razão, o senso do ridículo e principalmente, é vendar os olhos pro aprendizado diário
que o mais humilde dos humildes pode oferecer nessa escola chamada vida.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Poema: Eu sem você...




Toda noite a lua brilha prateada
Iluminando a madrugada
E a minha alma aquece.

Toda noite teu abraço apertado
Meu corpo no teu entrelaçado
E do mundo a gente esquece.

Sem a lua me sinto no escuro
Meu caminho é inseguro
Triste é noite sem luar...

Sem voce eu fico sem graça
E cada minuto que passa
Perco mais o brilho do olhar...