terça-feira, 18 de setembro de 2012

Poema: Vida de Gaúcho




Sou homem de pouco luxo
Mas sou homem de muita fé
Como todo bom gaúcho
Me mantenho sempre em pé

No Patrão Velho tenho confiança
E à Ele entrego minha vida
Só Lhe peço em esperança
Que nunca me falte a lida

Com meu pingo pago afora
Deixo o vento me açoitar
E logo ao romper da aurora
Já me ponho a matear

Sentado ao pé do fogo
Penso muito em minha prenda
Seu cabelo negro e longo
E seu vestido com renda

Como vê meu caro amigo
Tenho a vida que eu quis
Sou sincero quando digo
Que com pouco sou feliz




terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Decepção...




Decepcionar-se é coisa natural.
Diariamente criamos expectativas em relação à tudo: à alguém, à uma situação, ao trânsito, à uma relação, à um lugar... O ser humano não levantaria da cama pela manhã se não houvesse alguma expectativa para seu dia.
É por isso que nos decepcionamos, pois nem sempre é possível atingir os objetivos que colocamos em relação às coisas e às pessoas.
Posto isto, ficou claro de quem é a culpa da decepção? É absolutamente nossa.
Fomos nós quem projetamos algo que nem sempre é possível e viável. Exceto se o outro te fez promessas e não as cumpriu, foi você mesmo quem se causou essa situação.
E o que fazer então? Não criar mais expectativas em relação à nada, afim de não sentir essa sensação de frustração, de vazio, de engano?
Não... Já diz o ditado que “a esperança é a ultima que morre”! Esperança, expectativa, isso tudo é combustivel pra seguirmos a estrada adiante.
A grande sacada então é aprender a conviver com as decepções. Olhar friamente pra situação e perceber a linha tênue entre o que você projetou e o que o outro ofereceu.
Fazer uma conta primária de subtração e sentir/sofrer somente pela diferença entre esses dois fatores.
Isso torna a gente mais forte e a vida mais leve. Evita muita lágrima, devolve muitas horas de sono, economiza em creme anti-rugas e principalmente, adoça a amargura íntima...