segunda-feira, 4 de abril de 2011


Bruna Surfistinha...

Ontem eu vi o filme, ja tinha lido o livro em 2004. Confesso que fiquei num misto de raiva e idolatria...

Raiva pq a mim pareceu que fizeram da Raquel Pacheco no filme uma grande heroína. A pobre menina rica, adotada, rejeitada, mal-tratada. O patinho feio da escola que só podia dar nisso,  puta! O pai que não dava a minima, a mãe com pouca voz de ação, o irmão idiota e egocêntrico... Coitada, saiu de casa pra se sentir mais amada, pra batalhar por si propria, ganhar um bom dinheiro e esfregar na cara de quem quisesse ver o qto ela "venceu" na vida. Será?
E as tantas histórias de superação que se vê por aí? Aquele cara do projeto de inclusão social de ex-presidiários que hoje ajuda a empregar dezenas deles, sendo que ele proprio um dia ja foi um? Ou o morador de rua que se inscreveu pra um concurso no Banco do Brasil, estudou por boa ação do dono de uma lan house, passou no concurso, foi chamado e mudou de vida? Enfim, exemplos não faltam de gente com todas as dificuldades possíveis e imagináveis q superaram e de deram mto bem na vida!

Idolatria, pq vamos combinar, se esse foi o caminho q ela escolheu pra chegar onde queria, ela o trilhou a finco! Sem chorar, sem reclamar, sem se queixar, certa do q queria, pra onde iria e de que forma. Se perdeu na curva, qdo começou a usar pó, mas cá entre nós, quem aqui não se perde de vez em qdo seja da maneira que for? Mas a verdade é q ela usou de uma arma q eu até gostaria de saber usar tb: a frieza. Quantas gurias por aí pensam friamente no seu objetivo final: se formar, comprar apartamento, comprar carro, ajudar os pais, ou até mesmo sobreviver e pra isso utilizam a frieza de dar pra quem puder pagar! Isso sim tinha q ter sido valorizado no filme: a busca por um objetivo, mesmo enfrentando mtas adversidades. E não essa coisa de menina q caiu na prostituição por culpa de um destino cruel. Parabéns a Raquel Pacheco - Bruna Surfistinha e tantas outras meninas por aí q engolem (literalmente as vezes) o orgulho e o sentimento e tocam ficha na profissão q escolheram. Nós, as chamadas 'meninas de familia' igual damos bastante, até qdo não estamos morrendo de vontade, igual realizamos mil fantasias, igual corremos riscos e ainda choramos, sofremos e não recebemos um tostão em troca!


Um comentário:

  1. Essa Dona Roberta é realmente um polvo! Senhorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, como consegue fazer tudo e ainda fazer um blog?
    Ao menos assim consigo me sentir perto, imagino ela contando tudo o que escreveu aqui! Te amo Dona Roberta! Hoje e sempre. Bjs Ica

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